segunda-feira, 30 de março de 2009

Competindo com a engenharia linguística I

Estratégias Competitivas

A engenharia linguística engloba um conjunto de ferramentas, corretores ortográficos, corretores gramaticais, corretores estilísticos, terminológicos, dicionários. Muitas pessoas e empresas não vivem mais sem as ferramentas dessa tecnologia que apóia várias atividades. Mas, não basta entender a engenharia linguística apenas como um conjunto de recursos linguísticos que pode oferecer apenas qualidade linguística, livrando as pessoas de vários tipos de erros: ortográficos, gramaticais, sintáticos, estilísticos e terminológicos. Ela vai além disso e pode mudar o modo como as organizações competem. Por isso, várias empresas (tanto do mercado de línguas como de tecnologia) estão apostando no uso da tecnologia de gerenciamento de recursos linguísticos no processo de produção e na própria infra-estrutura da organização.
Hoje em dia, se você lida com o ensino de línguas, faz tradução, adaptação de textos, uma das poucas coisas com que pode contar é que os clientes (alunos, consumidores de serviços linguísticos) jamais darão descanso em suas exigências de serviços mais rápido, baratos e, claro, com qualidade. Diante disso, as organizações (escolas, universidades, empresas, centros de estudos) precisam se profissionalizar e se descobrir como empresas globais, que sabem que é essencial a entrega pontual e econômica de informações e documentos que sejam localmente relevantes e específicas da língua-alvo.
Para algumas pessoas, isso pode representar uma ameaça; para outros, a glória! Ou seja, uma oportunidade: encarar as exigências dos clientes com mais facilidade e eficiência do que as outras concorrentes. A engenharia linguística pode ajudar os fornecedores linguísticos a enfrentar esse desafio com tecnologia e estratégias para executar, com mais rapidez e a um custo mais baixo, projetos de alta qualidade. Ela pode ser usada para auxiliar no desenvolvimento de produtos (textos técnicos, manuais, materiais de aprendizagem de língua, etc.) serviços e capacidades que confiram a organização vantagens estratégicas sobre as forças competitivas que ela enfrenta no mercado.
Como um linguista poderia pensar em estratégias competitivas? Como as estratégias competitivas podem ser aplicadas? Isso é muito complexo! Mas uma estrutura conceitual pode ajudar. Em seu setor, uma organização pode sobreviver e ter êxito no longo prazo se ela desenvolver eficazmente estratégias para enfrentar as forças competitivas: (1) competição dentro do mesmo setor, (2) ameaça de novos competidores, (3) ameaça de substitutos, (4) poder de barganha dos clientes e (5) poder de barganha dos fornecedores. As empresas podem contra-atacar as ameaças com estratégias competitivas básicas, como: liderança em custo. Reduzir significativamente o custo de processos e os custos dos clientes ou fornecedores; diferenciação. Diferenciar produtos e serviços dos outros competidores, reduzir as vantagens de diferenciação e concentrar-se em produtos e serviços em nichos de mercado; inovação. Achar novas maneiras de fazer negócios; crescimento. Expandir significativamente a capacidade da organização para produção de produtos e serviços, expandir para mercados de outras línguas, diversificação em novos produtos e serviços ou integração em produtos e serviços diversos; aliança. Desenvolver alianças com clientes e fornecedores. Outras estratégias comprovadas podem ser aplicadas com o uso da engenharia linguística.
A engenharia linguística de memórias de tradução é utilizada para aproveitar palavras, expressões e frases armazenadas durante a tradução, bem como para armazenar a tradução de textos alterados ou acrescentados, gerando sempre uma memória atualizada para cada edição. Além de reduzir o tempo de produção, significativas reduções de custo podem ser obtidas pelas empresas com o hábito de zelar pelas memórias das traduções que realizam. E os corretores integrados no programa, como corretores ortográficos, gramaticais, sintáticos, estilísticos e terminológicos, salvam a pátria!
As organizações que lidam com o ensino de línguas, treinamento linguístico, fazem tradução, adaptação de textos, uma das poucas coisas com que pode contar é que os clientes jamais darão trégua em suas exigências de serviços mais rápido, baratos e, claro, com garantia de qualidade linguística. Embora haja muitos desafios, os fornecedores de serviços linguísticos (lingüistas, tradutores, professores, revisores, gerentes de projetos de tradução) envolvidos no setor linguístico poderão transformar os desafios de clientes e ganhar com isso, com ajuda da engenharia linguística que melhoram várias atividades e práticas já comprovadas.

Leia-me:
REYNOLDS, Peter. Uma estratégia comprovada de globalização. Disponível em: http://www.ccaps.net/newsletter/02-07/art_1pt.htm.
SANTOS, Emilson Moreira. Engenharia linguística: tecnologias para apoiar as decisões na era da Internet. Rio de Janeiro: E-papers, 2008.O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet; tradução Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. – 2.ed. – São Paulo: Saraiva, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário